
ROTA HISTÓRICA DAS LINHAS DE TORRES
As Linhas de Torres Vedras
As Linhas de Torres Vedras foram um sistema militar defensivo, erguido a norte de Lisboa, entre 1809 e 1810. No mais profundo secretismo, o futuro duque de Wellington, traçou uma estratégia de defesa que consistiu em fortificar pontos colocados no topo de colinas, para controlar os caminhos de acesso à capital de Portugal, reforçando os obstáculos naturais do terreno. Este sistema, constituído por três linhas defensivas, estendia-se entre o oceano Atlântico e o rio Tejo, por mais de 85 km.
Quando concluído contava com 152 obras militares, armadas com 600 peças de artilharia e defendidas por cerca de 140 000 homens, tornando-se no sistema de defesa mais eficaz, mas também o mais barato da história militar.
Frente a elas decorreram, em outubro 1810, os combates de Sobral (12), Dois Portos (13) e de Seramena (14). Estes confrontos decisivos, entre as tropas francesas e o exército anglo-luso, foram também os mais curtos e menos sangrentos desde que o exército napoleónico invadiu Portugal.
Depois deles, as tropas de Napoleão perderam o ímpeto atacante, reconhecendo a intransponibilidade das Linhas de Torres Vedras enquanto aguardavam reabastecimentos e reforços que não apareceram, graças à ação de “guerrilha” portuguesa.